Estado já colheu 3,65% da área destinada para a safra 2022/23; previsão é que sejam retiradas das lavouras mais de 48 milhões de toneladas.
Esse crescimento está diretamente relacionado à expansão das usinas de etanol, que agora representam mais da metade da demanda interna, trazendo previsibilidade, flexibilidade, oportunidades e valor agregado ao estado.
Em apenas uma década, o consumo de milho dentro de Mato Grosso saltou de cerca de 3,1 milhões de toneladas para aproximadamente 14,3 milhões de toneladas.
Nesse mesmo período, a produção aumentou em 117%, passando de cerca de 22,5 milhões de toneladas para 48,9 milhões de toneladas, de acordo com dados recentes divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) para a safra 2022/23.
Um dos principais fatores que impulsionaram o consumo interno foi o início da produção de etanol de milho em 2012, com os primeiros testes realizados em uma usina localizada em Campos de Júlio. Atualmente, existem 11 unidades de produção de biocombustível em funcionamento em todo o estado.
Além das usinas de etanol, que devem consumir mais de 9,5 milhões de toneladas de milho na safra 2023/24 para produzir mais de 4,1 bilhões de litros de biocombustível, o cereal também é utilizado internamente pelos setores de bovinocultura, avicultura e suinocultura, que têm aumentado gradualmente seu consumo nos últimos anos.
Colheita avança e chega a 3,65% da área
No que diz respeito à colheita da safra 2022/23 de milho em Mato Grosso, que começou há quatro semanas, já foram colhidos cerca de 3,65% dos aproximadamente sete milhões de hectares semeados nesta temporada.
Apesar de um avanço semanal de 2,39 pontos percentuais, os trabalhos estão atrasados em comparação com o ciclo anterior, quando, na segunda semana de junho, cerca de 15,05% da área já havia sido colhida. Segundo dados do Imea, as regiões médio-norte e norte lideram os trabalhos, com 5,59% e 5,35% de suas respectivas áreas já colhidas.